A minha vida deu uma
cambalhota enorme nestes últimos 7 dias. Posso confessar que tudo mudou. Não
vou para melhor, nem pior, foi para… Diferente. Muito diferente. Mas começando
pelo início, o João ficou sem reação quando lhe noticiei a gravidez, ele não
esperava aquela “bomba”, e logo no início da relação. Afinal quem era o
namorado que esperava que a namorada estivesse grávida… Doutro? Confessou-me
que me adorava e queria namorar comigo, mas não se sentia preparado para ser pai.
Mas com o tempo e a meu lado estava disposto a mudar isso, queria crescer e ser
feliz a meu lado. E isso deixou-me mais feliz que nunca, talvez a nossa relação
não resultasse durante todo o crescimento (dentro e fora da barriga) do meu
filho, mas eu sabia que tinha alguém a apoiar-me em todas as circunstâncias.
Apesar de estarmos juntos há tão pouco tempo, nós já tínhamos vivido momentos
mágicos. Tínhamos prometido perante o olhar da lua e do mar, no dia em que
começamos a namorar que estaríamos juntos, nos bons e maus momentos e que
lutaríamos pela nossa relação. E se algo nos incomodasse, nos prendesse o
coração, ou a garganta, se algo nos “sufocasse”, que estaríamos juntos e
desabafávamos. Falaríamos, porque a base de uma boa relação entre namorados é a
amizade e essa existia.
E graças ao meu namorado
João que a minha relação com o Ezequiel mudou. Sentamo-nos á mesa como dois
“meninos crescidos”, deitamos para trás qualquer mágoa ou ressentimento,
qualquer ódio que nutríamos e falamos sobre o que sentíamos e pensávamos. A
nossa relação foi curta, é verdade, mas foi intensa. E seguiu-se de uma notícia
bombástica. A minha gravidez. Só este ser vivo, do tamanho de uma cabeça de um
alfinete mudou radicalmente a nossa vida. No fundo, nós tínhamos mágoas um contra
o outro que nunca as dissemos, “sapos” que engolimos, sentimentos que
desprezamos e guardamos para nós. Foi uma relação que teve como definição a
infantilidade/imaturidade de ambos, nós não nos conhecíamos quando começamos a
namorar e isso condicionou tudo. Estávamos dispostos a dar mais uma
oportunidade. Mas enquanto amigos. Não tínhamos qualquer sentimento de amor um
pelo outro, tanto que eu já estava com o João e era por ele que nutria um
sentimento, que poderia chamar de amor.
Quanto ao bebé… Esta é a
“bomba” mais difícil de engolir. Na verdade nunca houve bebé. O teste de
gravidez deu um falso positivo, e a ecografia que supostamente o médico me fez,
foi apenas uma “vingança” pelas respostas rudes que dei às secretárias do
hospital. Não acredito que alguém pudesse deixar tão baixo, mas assim
aconteceu. Eu criei laços com a minha barriga, porque ser, nunca existiu. Por
um lado era algo bom, não estava “presa” ao Ezequiel para o resto da vida, não
seria mãe cedo, e poderia viver o romance com o João sem problemas (pelo menos
relacionadas com esta questão), por outro lado, era um filho, era uma parte de
mim que vinha ao mundo, era algo que sempre quis. O realizar de um sonho. Ser
mãe… Era algo que sempre idealizei. E durante semanas pensei que estava á
espera de um ser que nunca esperei. Mas a minha vingança e do Ezequiel foi
feita ou não me chamo eu, Raquel!
Senti este bebé, mas
afinal não o tinha. E isso causava um certo sentimento estranho em mim, sentia
a necessidade de o ter, sentia necessidade de ser mãe. E desta vez teria um pai
para o meu filho, seria um pai presente. E o Ezequiel seria o padrinho. Mas não
podia nem iria fazer isso, não iria engravidar, queria estabilizar a minha vida
e só depois pensar no futuro. Não estou preparada e o João não está. Além
disso, temos uma vida pela frente. Mas precisava dele ao meu lado, isso era
certo.
-João.
–
Estava sentada no seu colo e ele deu-me um beijo sobre a testa. – Tu… Tu… - Comecei a gaguejar, não sabia
como abordar o tema. Mas tinha de o fazer, ficaria desiludida comigo mesma
senão o fizesse.
-Princesa, não precisas de te engasgares. Do meu lado não há vergonha,
só amor. – Sorri, só pelo facto de ele assumir em voz alta que estava
apaixonado por mim, apesar de sermos namorados me deixava feliz, nas nuvens, é
a definição perfeita.
-Eu
adoro-te tanto mas tanto Joãozinho! – Disse aconchegando-me e
ouvindo o seu coração aumentar de ritmo. Batia mais rapidamente e eu não
entendia o porquê. Olhei para ele e senti uma lágrima cair do seu olho,
limpei-a e disse. – Não chores, eu não
quero que chores, não aguento ver-te assim. – Ele sorriu e deu-me um beijo
na testa. – Queres contar o que se
passa?
-Joãozinho
era o que a minha mamã me chamava carinhosamente. – Disse
sorrindo mas entendia pela expressão que a sua vontade era de chorar, por isso
abracei-o fortemente e disse:
-Desculpa.
Não queria... Desculpa. – Na verdade eu era terrível a lidar com
mortes, com condolências e tudo o que fosse apoio. Preferia ficar calada a
meter a “pata na poça”.
-Tu
não sabias. E não precisas de pedir desculpa. A minha mãe é e sempre será a
mulher da minha vida, que me protegerá, está neste momento no céu a olhar por
mim. – Vi os seus olhos brilharem como duas estrelas cadentes e
sem mais nada dizer beijei-o. E ele correspondeu totalmente. Mas assim que
separamos as nossas bocas, ele sorriu e disse. – Mas neste momento tenho é de tomar conta da minha princesa que és tu! –
Disse beijando-me a testa.
-Já
te disse que te adoro? – Disse dando-lhe um beijo na testa.
-Não me lembro! – Fingiu. - Mas
podes dizê-lo que gosto muito! E não sei se gostas. – Disse fazendo um
beicinho que fazia derreter o meu lado mais difícil.
-Eu
gosto muito, muito, muito de ti! – Disse eu enquanto lhe dava
um beijinho á esquimó.
-E
quem te disse que gosto de ti? – Disse sorrindo. E eu
fiquei sem reação confesso que fiquei desiludida. – Eu claro! E se o digo é porque é verdade… E já agora gosto o dobro do
que tu gostas!
-Isso
é mentira! – Disse convicta. – Eu gosto muito, muito, muito de ti! Desde ali. – Apontei para o
sol. – Até aqui. – Apontei para o
coração. – E vai continuar a aumentar a
cada dia que passa.
-Oh! – Disse
querido. – Mas eu gosto mais. Desde o
sol até Plutão.
-Oh
tonto mas isto nem dá para ver a olho nu.
-O amor não precisa de ser visto, precisa de
ser sentido. E bate forte aqui dentro. E prometo-te Raquel Alexandra, que um
dia te chamarei Raquel Cancelo.
-E
se eu não quiser ficar com o teu apelido? – Comecei a rir-me. –
E quero que o próximo homem que irá
gostar tanto como eu gosto de ti terá Cancelo no nome e te chamará de pai.
-Gosto tanto, tanto de ti minha gostosa. – Disse beijando-me.
-Mas eu deveria gostar mais de ti, sabes porquê? Por tudo o que fizeste
por mim, por não teres desistido de mim, por tudo o que me deste, por tudo o
que me ensinaste. E hoje, orgulho-me de te chamar meu namorado. – Disse
aconchegando-me nos seus braços.
-Eu
nunca desistiria de ti, porque sempre senti que gostava de ti. Ainda é cedo
para dizer amo-te e talvez não me sinta preparado, quero dizê-lo, e tu sabes
que sim. Mas este sentimento que vive e cresce em mim aumenta a cada dia e a
cada instante, e pode ser mais cedo que pensas que te diga amo-te. Porque estou
cada vez mais certo disso mesmo. Lutarei por ti, porque é de ti que eu gosto.
Muito, muito! Eu tenho medo de dizer amo-te, tenho medo de dizer e dar uma
parte de mim e depois ficar sem ela. Desculpa, sei que mereces mais, mas desde
a minha mãe… - Vi que ele ia começar a falar sobre um
assunto que ainda o magoava e lhe custava muito falar. Eu sabia que ele gostava
de mim, não precisava de dizê-lo. Ele tinha atitudes que o provavam, e dizia-o
por gestos e atitudes.
-Não precisas de falar mais. Eu conheço-te João Pedro. Eu não sei o que
tu estás a sentir, mas imagino. E sei o quanto sofres. E o quanto gostas dela,
a tua mãe é, e sempre será a mulher da tua vida, não haverá ninguém como ela. Podes
casar-te e teres muitas filhas mas não haverá ninguém como ela, é eterna. E com
certeza estará neste momento a olhar por ti, no enorme céu, e a proteger-te.
-E
o teu pai está no céu. A olhar e a rezar por ti, tomará sempre conta de ti. E
juntos estão a olhar por nós e a rezar por nós e faram tudo para continuarmos
juntos. – Disse ele beijando-me na testa.
-Eles
podem-nos apoiar mas quem vai lutar, somos nós. Pela nossa felicidade e para
continuarmos juntos. Só dependemos de nós mesmos. E no futuro seremos nós os
três, quatro ou cinco.
-Porque
tantos? – Perguntei sem entender.
-Porque
depois de namorarmos durante algum tempo, tenciono casar-me e ter os nossos 3
filhos.
-E
porque não apenas dois? Mais do que isso é muito trabalho e deixamos de ter
tempo para nós. – Sabia bem o trabalho que uma criança dava,
já esperei uma (e pensei que esperava a segunda). Além disso tenho a minha
sobrinha e chegou-me este susto com a gravidez. Além disso, temos ainda que
educar o Pedro, o irmão do João, meu cunhado.
-Eu
gostava muito de ter três filhotes, mas só vou ter os que tu quiseres. Não
posso pensar só em mim, tenho de pensar em nós.
-Também
depende muito se o primeiro der muito ou pouco trabalho. Mas por enquanto vamos
concentrar-nos no Pedro! Ou queres falar mesmo sobre bebés? O meu historial é
extenso…
-O
Rodrigo faz parte da tua vida e se faz da minha também faz. Quanto á segunda
gravidez foi apenas para nos testar e passamos com segurança e confiança. Ou
como diz o outro, com tranquilidade. – Sorrimos. E ele beijou-me,
um beijo calmo e tranquilo.
Mas o ritmo começou a
aumentar e nem o olhar forte da lua interrompeu o momento. Fiquei deitada sobre
a areia com o João sobre mim e enquanto as minhas mãos estavam nas costas
(sobre a camisola) do João, as suas mãos que estavam pousadas na minha face,
foram até às minhas ancas. E tentaram entrar pela minha camisola dentro mas eu
não permiti. Afastei as mãos dele de perto de mim e levantei-me e ele também
seguiu o meu exemplo.
-Desculpa. – Disse eu.
-Desculpa
eu. Deixei-me levar pelo momento.
-Quero
levar tudo com calma entendes?
-Claro!
Deixei-me mesmo levar pela emoção do momento. Não preciso é de te perguntar se
és virgem…
-Achas
mesmo que engravidei duas vezes por obra do Espírito Santo? Estás muito
enganado foram ambos feitos com muito amor!
-Até
fico com ciúmes! – Fez beicinho. – Eu também te farei um bebé com todo o carinho e amor!
-Fazer
é fácil, difícil é educar. Mas vá, já que tu me perguntaste… Tu já o fizeste?
-O
que é que achas?
-Se
soubesse não te teria perguntado. – Disse cruzando os braços e
trocando um olhar cúmplice.
-Não. Só o fiz com a minha ex-namorada e estivemos juntos cerca de 2
anos.
-O
que é que estás a insinuar? Que vou para a cama com qualquer um? – Levantei-me
indignada. Apenas tinha feito sexo com dois homens e namorei com ambos, apesar
de serem relações diferentes das ditas normais. Além disso não gostei da sua
insinuação. Ele poderia ser meu namorado mas isso não lhe dava autoridade para
me chamar o que quer que fosse, não lhe dava o direito de me insultar.
-Desculpa.
Não foi bem isto que quis dizer. Queria apenas referir que o historial de
relações amorosas na minha família é extensa, costuma começar para não acabar,
como foi com os meus avós.
-Então
se querias ficar uma história dessas porque não ficaste com a tua ex? – Disse
enquanto ele se levantava. Estávamos a começar a nossa primeira discussão, não
me agradava mas não era razão para desistir dela. Nada lhe dava o direito de me
insultar. E o fato de já ter tido dois ex-namorados não lhe dava o direito de
me julgar. Sim, estive grávida e fui julgada por tal. Mas não esperava isto do
João.
-Não
é nada disso que eu quis dizer. – Disse levantando-se.
-Pois
mas disseste. E não podes voltar com a tua palavra atrás. – Disse
olhando-o furiosa.
-Mas
posso redimir-me. – Agarrou-me pela cintura, pousou as mãos
sobre as minhas costas e eu pousei as mãos sobre o seu peito e deixei que ele me
beijasse. O beijo foi sentido apesar de calmo, foi um carinho que também nos
serviu para acalmar. Assim que terminou, encostei a minha cabeça ao peito do
João e ele encostou o seu queixo á minha cabeça e continuou. – Deu para me redimir? – Perguntou enquanto
eu sorri.
-Se eu te pedisse o segundo achas que serviria enquanto resposta? – Levantei
a cabeça e deixei que ele me beijasse. Mas desta vez foi um beijo ritmado e
louco de desejo. Era um beijo que se dependesse de nós não terminaria. Mas tudo
o que é bom tem um fim, o beijo acabou e tivemos que nos despedir porque eu
tinha a minha família á minha espera para jantar.
Passamos por casa do Nico,
onde ele estava com a Rita, e apanhamo-la, e o João foi-nos pôr a casa da minha
prima. Mas a despedida foi demorada, e a Rita convidou o meu namorado para ir
jantar á sua casa, mas ele recusou. Talvez fosse demasiado cedo conhecer a
minha família toda, porque embora (quase) toda a conhecesse, porque ele como
jogador de futebol era conhecido, ele não os conhecia e depois do susto da
suposta gravidez mais vale deixar tudo acalmar. Ainda era cedo para dar um
passo tão grande e nós prometemos ir com calma. A despedida entre os dois ainda
demorou algum tempo, não nos queríamos despedir mas sabíamos que tinha de ser. Ele
iria jantar com a família e eu com a minha.
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O jantar correu bem. Era
um jantar de família, simples, só para nos juntarmos e reencontramo-nos.
Falamos da minha (suposta) gravidez, e da responsabilidade que era, ter uma
criança nesta altura. Eu sabia disso, mas o meu sonho sempre foi o de ser mãe.
E se estivesse mesmo grávida, eu ficaria com o bebé, não deixaria de ter um pai
e uma mãe, não deixaria de ter uma família, porque o pequeno não teria o mínimo
de culpa de estar no mundo, a culpa e a responsabilidade era dos pais e eu iria
assumi-la. Perguntaram-me pela
paternidade do bebé, eu apenas disse que se chamava Ezequiel e era meu
ex-namorado. A Rita ficou em silêncio e nada mais disse, respeitou a minha
decisão.
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Depois do fim do jantar,
despedi-me da minha mãe e fiquei a dormir em casa da minha prima. O telemóvel
tinha ficado em minha casa mas não foi motivo suficiente para não dormir lá na
mesma, apesar de já sentir algumas saudades de falar com o João. Como não tinha
o meu telemóvel mandei mensagem do telemóvel dela para o meu namorado:
“Deixei
o meu telemóvel em casa e fiquei a dormir em casa da minha prima. Se for
preciso podes mandar mensagem ou ligar para aqui e o número da Ritinha.
Beijinhos adoro-te meu rei <3 Qeu”
Passado alguns minutos ele
respondeu:
“Por
acaso já estava a ficar preocupado contigo… Tinha-te mandado mensagem com
saudades tuas e tu nada, e tinha-te ligado, e tu não atendeste. Ainda bem que
me avisaste senão já ia à tua procura! Mas agora vou-me deitar que estou
cansado e amanhã tenho jogo. De manhã ligo-te e combinamos tudo para ires
assistir, se quiseres. Beijinhos adoro-te minha rainha <3 “
-Que sorriso é esse Qeu? – Perguntou a Rita a entrar pelo quarto.
-Qual
sorriso?
-Esse.
– Apontou
para mim. – Espera já sei! – Sentou-se
ao meu lado. – É o amor! – Disse
gozando comigo.
-Tens
muita piada! – Sorri. – Foi o João que me mandou mensagem para o teu telemóvel porque estava
preocupado. Realmente não poderia ter arranjado melhor namorado. – Sorri e
imaginei todos os momentos que passamos juntos.
-Estás
mesmo completamente apanhadinha! – Disse dando-me uma palmada
na cabeça.
-Olha
quem fala! Tu estás tão apaixonada pelo Nico que nem te conto! Só dás motivos
para gozo! – Disse na brincadeira.
-Mas
tem piada gozar contigo. Mas conta lá o motivo de tanta felicidade.
-Estar
apaixonada não chega? – Disse retoricamente.
-Isto
está bonito está! – Rimo-nos. – Conta lá priminha, o motivo desse sorriso tão grande e tão expressivo.
-Como
sabes, quando comecei a namorar com ele, ouve a história da gravidez. E ele
assumiu que não estava preparado para ser pai, mas me iria acompanhar. Depois
descobrimos que afinal não estava grávida e foi… Esquisito, assumo. Por um lado
queríamos muito este bebé, por outro lado ainda hoje temos o hábito de pôr a
mão sobre a barriga. E hoje… Falamos em bebés. Em filhos. Ele quer três, mas
assume que se eu quiser ter menos, ele aceita e fica feliz. E falamos dos
nossos pais, que estão no céu a olhar por nós, a torcer por nós mas o mais
importante sou eu e ele. E depois de um momento mais triste uma coisa leva a
outra e… - Ela interrompeu.
-Tu
e ele fizeram amor?
-Não.
Porque eu parei senão sei até onde ia parar…
-E
porque paraste?
-Quero
levar tudo com calma. Um passo de cada vez e tenho medo de ao fazermos que
estejamos a dar um passo maior que a perna.
-E
o que disse ele?
-Entendeu.
É por essas e outras circunstâncias que digo que tenho ao meu lado um dos
melhores homens que podia pedir, senão o melhor.
-Nem
imaginas o quão feliz fico de te ouvir dizer isso! Tu mereces e ele também! Mas
já sabes tem de haver uma apresentação oficial á família e em especial a mim.
-Lembraste
que falei em calma? – Disse relembrando-a. Podia
apresenta-lo só a ela, oficialmente enquanto meu namorado, mas preferia dar
tempo ao tempo.
-Sim
claro. E além disso quem sou eu para falar?
-Pois.
Mas agora quem não vai falar mais sou eu que vou dormir. Beijinhos prima, dorme
bem. – Disse dando-lhe um beijo na testa e deitando-me e ela
fez o mesmo.
A Rita adormeceu logo, o
que é para estranhar. E eu fiquei a “molengar” na cama, tinha sono e estava
cansada, mas só pensava na tarde que tinha pensado com o João e como seria o
dia de amanhã. Como o sono não aparecia acabei por ouvir música do telemóvel da
Rita. Até que ele apita mensagem, sem ver quem era tinha enviado acabei por
abrir:
“Olá
Rita! Desculpa estar a chatear-te tão tarde mas quero mesmo falar com a Qeu com
o máximo de urgência. O Nico disse-me que estavas com ela e mandei mensagem a
perguntar se podia ligar para falar com ela, é mesmo urgente! Desculpa e
beijinhos Ezequiel”
Desliguei a música e fui
até á casa de banho, onde me tranquei para ligar ao Ezequiel. Era a única
acordada naquela casa e não queria acordar ninguém. O que quer que fosse o
motivo do Ezequiel, era urgente e preocupada liguei-lhe.
-Desculpa
estar-te a chatear Ritinha mas é urgente. – Disse quando
atendeu a chamada.
-Não
é a Rita, é a Qeu. E o que tens de tão urgente para falar comigo? – Disse
baixinho mas muito depressa. E esperei pela resposta dele.
Qual será a
urgência de Ezequiel?
Que influencia terá
no romance com João? Como irá correr o dia seguinte com João?