segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Capítulo 10: "Menos Ezequiel, muito menos!"

Eu fui apanhada de surpresa, não estava á espera daquela pergunta. A conversa até então tinha corrido tão bem e ele tinha que me fazer aquela pergunta que me fazia acordar para a realidade, me fazia pensar no que sentia. Respiro bem fundo, olho nos olhos dele, e dou-lhe um beijo na bochecha, ele esperava uma resposta minha mas eu não queria dar-lha então decido mais uma vez fugir dali, abro a porta mas antes ele agarra-me no braço, num gesto involuntário dou-lhe uma chapada na cara, mas ele não desiste. Saiu do carro e ele sai logo depois de mim, agarra-me e encosta-me ao carro:

-É assim tão difícil responderes ao pedido que te fiz? É assim tão difícil admitires o que sentes por mim?-eu beijei-o e agarrei na sua camisola com força puxando-o contra mim. Ele agarra-me nas pernas e encosta-me ao carro. Assim que separo os nossos lábios respondo-lhe:

-Sim, aceito!-abraçei-o e ele deu-me um beijo no pescoço. -Já te disse que não sou como as raparigas que estás habituado, eu não abdico de mim por tua causa, continuou a viver a minha vida e a ser eu mesma! E quanto ao que sinto podes estar descansado que eu ainda não sei bem o que sinto apenas sei que me sinto bem ao teu lado e nunca vou dizer que te amo.

-Nunca mais digas isso por favor, se achas que nunca me vais conseguir amar e dizê-lo porque aceitaste namorar comigo?-eu beijei-o, cada vez que não sabia o que lhe dizer eu fazia isto, e ele não se importava, afinal era a minha maneira de ser.

-Porque tu me adoras e eu sinto-me bem a teu lado, mas isso não significa que te ame!
-Eu não te adoro, eu AMO-TE!-disse gritando, parecia que queria que todas as pessoas que estavam próximas de nós ouvissem, claro que virei costas e fui em direção á praia, ele seguiu-me e fui até á praia, deitei-me entre duas dunas e tentei lá esconder-me para assim o meu namorado não me ver, mas ele nunca tirou os olhos de cima de mim e por isso foi impossível esconder-me dele, aproximou-se de mim e sentei-me, ele sentou-se atrás de mim, ficando assim entre as suas pernas, coloquei as minhas mãos nos seus joelhos e ficamos assim a observar o som até que eu lhe disse:

-Não podes dizer que me amas porque é um sentimento muito forte e tu mal me conheces!-inclinei-me para trás e olhei-o olhos nos olhos.

-E o que me impede de dizer que é isso que sinto forte a bater no meu coração? Mal te conheço é verdade mas sei que sinto algo muito forte.-beijou-me mas um beijo rápido.
-Menos Ezequiel, muito menos!-ele levantou-se e eu levantei-me também.-Eu não gosto de tanto romantismo, gosto que me digam o que sentem mas não a toda a hora e instante. Por isso menos por favor, poupa-me a ti e a mim! Sentes algo e pensas que é forte mas enganaste porque isso é o efeito novidade, com o tempo passa. Depois vais ver que fui só mais uma rapariga na tua vida!-estavamos a discutir, pouco depois de começarmos a namorar.

-É impressão minha ou acabaste de duvidar do que sinto?-disse o Ezequiel já com os olhos húmidos.

-Duvidei pois! Tu não me amas, tu sentes-te bem ao meu lado, põe isso na tua cabeça!-disse algo exaltada.

-Mas quem é que sabe o que é que sinto? Sou eu ou és tu?! Se eu digo que te amo é porque te amo mesmo.

-Eu também já achei que amei!-sentei-me no chão, coloquei as minhas mãos sobre a testa e comecei a chorar-Mas era mentira, eu não amei! E só entendi isso com o tempo...-ele limpou-me as minhas lágrimas e colocou a mão sobre a minha cintura e colocou-se ao meu lado.

-Tem calma Qeu, por favor! Não sabia que te custava tanto ouvir esta palavra.

-Por favor não a repitas! Eu já a usei e mal e arrependi-me tanto, arrependi-me de morte! Prefiro que me digas que gostas de mim e que sou importante para ti, que o demostres, mas por favor não digas a palavra "amo-te".

-Não sabia que te magoava tanto, mas se assim queres eu não a repetirei. Talvez um dia consigas ganhar coragem para a dizer e dizê-lo a mim!-beijei-o e num instante estava deitada em cima dele a beijá-lo, agarrada á sua camisola que deseja vê-la fugir dali e ele a agarra-me no fundo das costas puxando-me contra ele, entre beijos e com a respiração ofegante lá lhe disse:

-Duvido que consigas!-voltamo-nos a beijar e quando aquela brincadeira de namoricos acabou sentei-me novamente entre as suas pernas e ele perguntou-me:

-Qeu queres contar o que se passou para teres medo de dizeres aquela palavra e não me permites dizê-la?

Qual a justificação de Qeu para não dizer a palavra "amo-te"?
Será que vai mudar algo no ínicio da relação? Como será o ínicio da relação entre estes dois?

domingo, 25 de novembro de 2012

Capítulo 9:"A Conversa Part 2"



Ele aconchega-se no banco e eu coloco a minha cabeça numa perna dele, deitando-me. O Ezequiel começa a fazer-me festas na bochecha, eu sorriu, como era possível aquele homem aturar-me e insistir comigo depois de tudo o que lhe tinha feito, de fugir dele, de o desprezar, de o tratar mal. Estava um silêncio estranho no carro, ouvia-se as nossas respirações e ele inspira bem fundo no parecer daquele silêncio foi super barulhento e ele fala olhando-me olhos nos olhos e continuando a fazer as festas na minha face que me faziam arrepiar e perder a vontade de lhe gritar, de lhe bater, de medir forças com ele:
-Porque é que fugiste de... -hesitou e respirou mas foi rápido a continuar a frase. - De nós?-Levantei-me e encostei-me ao outro lado do carro, olhando pelo vidro e observando a paisagem, a praia, o mar, que me transmitia paz, ganhava inspiração e sinceramente pensava em tudo o que lhe tinha feito e em tudo o que se passava, no que sentia... Respirei e ele continuou a falar, aproximou-se de mim e eu voltei-me para ele ficando a escassos centímetros dele, sentia a sua respiração enquanto ele me olhava olhos nos olhos. -E sê sincera.
Dei a volta ao seu corpo e fui sentar-me do outro lado do banco, voltando para a posição onde estava do outro lado do banco. Ele sentou-se do outro lado onde eu estava antes mas colocou os pés em cima do banco tocando assim nos meus, os seus pés estavam frios, bem fresquinhos enquanto os meus estavam quentes e com a temperatura ambiente até me sabia bem, não só pela temperatura porque sabia também que era os daquele homem.
-Não sei.-respondi com o que me pareceu mais indicado e mais sincera possível. -Não pensei no que fiz, fi-lo e pronto, eu sou assim mesmo Ezequiel, não penso e faço.
-Eu não sou assim!-deu a volta ao banco, encostou-se á porta do outro lado e voltou-se para mim e eu segui o seu exemplo, assim conseguiamo-nos olhar-nos.-É por causa disso que gosto de ti.-beijou-me mas um beijo que foi mais um encosto de lábios porque queriamos continuar a conversa.
-Como é que podes gostar de mim se mal me conheces?-estavamos abraçados e eu disse-lhe isto em forma de sussuro. Ele beija-me no pescoço e eu arrepio-me, e ele responde:
-Porque o pouco que conheço de ti foi suficiente para me apaixonar por ti.-disse beijando-me na bochecha. Eu fiquei perplexa, ele assumiu que gostava de mim simplesmente, não foi só isso ele assumiu que estava apaixonado por mim, sim apaixonado, eu não esperava ouvir, simplesmente esperava ouvir um "gosto de ti"! Abro ligeiramente a boca, pasmada com tudo, ele separa os nossos corpos e sorri assim que me vê e diz:
-Porque é que estás com essa cara?-ele sorria olhando-me.
-Porquê é que achas? Tu assumiste que estavas apaixonado por mim como querias que reagisse? Que te desse um valente beijo e dissesse o mesmo! Desculpa não sou assim tão previsível!-sorri e beijei-o, muito sentidamente na qual ele retribuiu completamente. Assim que nos separamos, ele fica quase deitado no banco e eu deito-me do lado dele a fazer-lhe festas no peito e num instante ele tira a camisola e eu delicio-me continuando a fazer festas mas o calor naquele carro não parava de aumentar e para não abrirmos a porta eu decido sair dali e ir ligar o ar condicionado, enquanto estavamos deitados, roubo-lhe as chaves do bolso sem ele entender, coloco no lugar e ligo o ar condicionado, tudo isto num estreito buraco entre os bancos da frente mas enquanto ligava, o Ezequiel dá-me uma palmada no rabo, que descarado! Mal acabo de ligar aquilo que ainda demorou algum tempo visto que era muito moderno e automático e eu mal estava habituada a carros quanto mais um moderno! Volto para junto dele e dou-lhe uma chapada na cara mas com força, fui bruta, sim é verdade mas eu não queria sê-lo, as suas feições mudam radicalmente e olha-me zangado e eu digo:
-Desculpa Ezequiel, dei com demasiada força, desculpa cariño!-disse coçando a parte de trás da cabeça, eu não queria que ele ficasse chateado comigo.
-Eu desculpo sabes porquê?-deu-me um encosto de lábios suave.-Porque te adoro princesa e adorei o facto de me tratares por cariño! Pelos vistos ficaste fã. Mas eu não te perdou por outra coisa!-disse olhando-me, enquanto voltava para a posição onde me encontrava antes de ir ligar o ar condicionado.
-Que foi desta vez Ezequiel Marcelo Garay?-sorri olhando para o seu corpo, continuando a fazer festas nos seus abdominais bem definidos.
-Só o digo se tirares essa camisa!-colocou a língua de fora, aquilo era uma provocação e eu apenas sorri mas não lhe obedeci. Ele começou a fazer-me cócegas, imensas cócegas e eu claro parto-me a rir! Depois começa-me a fazer cócegas na barriga e claro mesmo sem eu entender ele tira-me a camisola, depois de acabar aquela brincadeira, eu visto-a novamente e ele pergunta:
-Porquê é que vestiste a camisa?
Sai do banco de trás do carro e fui sentar-me no lugar do condutor, ele vai-se sentar no lugar do "pendura". Ai respondo á sua pergunta:
-Porque eu sei até onde iamos parar e eu não quero! Isto não é sexo a toda a hora!-disse olhando para ele um pouco chateada, afinal ele devia pensar que eu só queria isso e fazia-lhe a vontade sempre que o menino quisesse! Era o que faltava!
-Tens razão desculpa!-sorriu e colocou a mão sobre a minha perna. Eu retribuo e coloco a minha mão sobre a sua perna, ele sorri e eu volto a falar:
-Não sei o que sinto por ti, fazes sentir-me bem mas...-ele interrompe-me!
-Qeu...-fez uma pausa para olhar para todas as características da minha face, desde os meus lábios, ás minhas bochechas, os meus olhos e eu olho para o seu corpo bem definido.-Queres voltar a ser minha namorada?

Que irá responder Qeu ao 2ºpedido de namoro de Garay?
Qual será a reação dela? E dele?

sábado, 24 de novembro de 2012

Capítulo 8: "A conversa": Part I "

Ainda o beijo mal tinha começado quando por ironia (infeliz ou feliz) aparece o Garay, e separa o meus lábios e os do João, senti um sabor agridoce, por um lado era bom para entender o que ele sentia por mim, não através de palavras mas de ações, de saber que mexia com ele, de fazer diferença na sua vida, por outro lado era mau, porque ele era um pouco autoritário e nem a minha mãe se impedia de fazer fosse aquilo que fosse, eu fazia aquilo que a minha cabeça e coração mandassem, sou um pouco rebelde digamos e ele impediu-me de fazer aquilo que eu queria que era nem por segundos tirá-lo da minha cabeça beijando outro rapaz. Eu olho para ele com cara de poucos amigos e ele olha-me na mesma, eu senti o meu coração a palpitar mas escondo isso ao máximo, era a primeira vez que o olhava olhos nos olhos depois da minha despedida, não me querendo gabar, bastante original. Reagi com palavras furiosas para esconder o que realmente sentia:

-Ouve lá quem é que tu pensas que és para fazer isto?- olhava-o olhos nos olhos tentando parecer furiosa.-ele simplesmente sorri e responde:

-Sou o Ezequiel Garay não sei se sabes mas somos namorados...-ele sorria simplesmente. Comecei a gargalhar e depois continuei

-Nem a minha mãe me impede de fazer aquilo que quero, logo não és tu que me impedes!-abracei o João mas desta vez foi ele que separou os nossos corpos e falou:

-Tu tinhas-me dito que não namoravas.-tinha os homens que passaram pela minha vida nas últimas 24 horas a olharem-me como se me tivessem a pedir esclarecimentos.

-E não namoro!-sorri-Ele é que não deve ter entendido a mensagem.-olhei para o Garay e abri os olhos como forma de lhe colocar respeito.

-A maneira como te despediste não foi a mais óbvia!-sorriu-Preciso que mo digas diretamente porque colocares no espelho foi bom enquanto durou mas acabou não é a melhor, lamento cariño.-esta última palavra que disse foi em espanhol, a palavra com que ele carinhosamente me tratava e a forma como o dizia deixava-me sem reação.

-Já te disse que cariño é o que raio que te parta!-espetei-lhe uma chapada na cara mas sem muita força para não aleijar.-Se queres que o diga então eu repito claramente: O nosso namoro acabou!-olhei-o e dei um beijo rápido nos lábios do João. Mas este separa logo os nossos corpos e os nossos lábios e diz:

-Eu não sou o outro! E não estou para ficar aqui a aturar-vos quando é claro que vocês tem muito que falar e claramente que amam-se!-virou costas e foi-se embora, eu nem consegui reagir, e olhei para o Ezequiel á espera de alguma palavra ou reação dele mas claro que ele palavras não as teve mas teve a atitude que eu não esperava, mas sim que eu desejava no meu subconsciente. Puxa-me contra o seu corpo e beija-me, eu agarro-me a ele e num instante estavamos a namorar, claro que entre beijos, eu consigo travá-lo e digo:

-Já não sou tua namorada.-ele estava de olhos fechados mas enquanto digo esta última palavra, ele abre os olhos e olha-me, depois responde:

-Eu sei.-beijou-me-Eu não sou o teu namorado mas gosto ainda mais dos teus beijos assim.- Eu sorriu e esclareco o sucedido porque lhe digo-lhe vi a mnha marca na sua testa, sim escrito com o meu batom vermelho: "Cheiras a Sexo", pego num lenço de papel e limpo mas decido deixar uma marca minha nele, coloco bastante batom vermelho e beijo-o por toda a cara e um beijo valente nos lábios. Ele senta-se no chão e eu coloco-me no seu colo mas de frente para ele, num instante já estava sem camisola e eu agarrava-o nos ombros com força para demonstrar o meu desejo dele e de sentir ainda mais aquela atração.
Eu levanto-me e tento fugir dali, eu sinceramente não sei o que sentia por ele e não sabia o porquê de algumas atitudes para com ele: tinha acabado a nossa relação, tinha-o tratado mal, tinha-me despedido de forma invulgar e sem dar justificações mas ele vinha atrás de mim e impedia-me de desistir dele, de nós, mas ele teimoso como sempre, segue-me.
Começo a correr praia fora e ele vem atrás de mim, pega-me ao colo e depois começa a correr até ao parque de estacionamento, eu ainda tento fazer com que ele me coloque no chão mas foi missão impossível, o seu perfume, o seu toque, o seu abraço, tudo aquilo me impedia de ter forças e argumentos de lutar contra ele. Num instante chegamos lá e ele coloca-se no lugar do condutor e eu deveria colocar-me no lugar do seu lado mas claro que não é isso que faço, vou para os lugares de trás e ele vem para junto de mim, não foi preciso palavras porque mal ele chega eu começo a beijá-lo e ele entende até onde eu queria ir mas não me deixou, interrompeu os nossos beijos, colocou um dedo sobre os meus lábios antes de o beijar outra vez. E ele quer ter "aquela conversa", sobre o que se passava, o que se passou, e o que se iria passar, eu não sabia o que lhe dizer, sobre o porquê de tudo. A sua primeira frase foi:

-Qeu precisamos de falar? -ele olhou-me olhos nos olhos e sentou-se direito no banco.

-Sobre?-encostei a minha cabeça ao seu peito e ele colocou a sua mão sobre a minha cintura.

-Sobre o que sentes, sobre o que sinto, sobre a nossa relação, os nossos momentos...Queres que continue?-eu desviei o meu olhar até á sua face de modo a olhá-lo olhos nos olhos, ele faz o mesmo.

-Pensava que preferias gestos.-beijei-o.

-Eu quero falar Qeu, eu preciso de falar.

-Vamos fazer a sua vontade menino Ezequiel mas depois já sabes o que quero.-pisquei-lhe o olho e beijei-o no canto do olho.

-Está bem, o que vale é que não te resisto-sorrimos cumplicente-Podes começar...

Como correrá a conversa entre Qeu & Garay?
Será que vão esclarecer tudo o que sentem? Será que vai correr bem ou ela fará novamente das suas?

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Capítulo 7: “Aquele homem não me sai da cabeça e não, não é do coração!”



Quando me estava a preparar para sair daquela divisão e daquela casa não resisto a olhar para o pobre Garay a dormir profundamente, sorri claro, não era fofinho, nem ressonava ou estava de boca aberta como podem pensar, simplesmente estava deitado de uma forma muito estranha. Eu pensei para mim mesma:
-“Vou ter saudades dele!”-depois suspirei…Depois entendi o que tinha acabado de dizer mas que raio Raquel?! Isto é conversa de pessoas apaixonadas e tu não estás apaixonada por aquele homem, que ridículo Qeu! Mas não resisti a aproximar-me dele e a deixar uma mensagem muito minha para ele: “Cheiras a sexo!”, Escrevi-lhe na testa com o meu batom vermelho e depois sorri, assim ele não podia ficar triste pela maneira como me despedi. Ainda pensei que podia ficar magoado ou triste pelo início e fim da relação mas apenas durou umas horas não havia de ser nada que não ultrapassasse porque para mim já era assunto arrumado mas por incrível que pareça aquele homem mexia-me com a cabeça eu estava a pensar que ele ia ficar magoado e eu nunca fui de preocupar com o fim de uma relação. Ainda pensei em deixar-lhe uma mensagem tipo “carinho” porque foi a primeira palavra querida que ele me disse mas desisti da ideia afinal eu não queria que ele ficasse com a sensação que me podia “reconquistar”.
Sai da casa de banho a andar muito devagarinho e silenciosamente para não acordar ninguém, fui até á piscina para ver a minha prima e o “homem dela”. Estavam a dormir muito profundamente e bem agarradinhos, eu não a acordei e deixei-os estar. Sai daquele local e fui até á rua, não tinha boleia até minha casa e também não conhecia o sítio onde estava, por isso decidi ir a andar até descobrir o local. Acabei por ir parar a uma praia da Costa da Caparica depois de andar há algum tempo, olhei para o relógio e eram 11h, mandei uma mensagem á minha prima a dizer que acordei cedo e vim até á praia e que depois ia para casa, ela não respondeu e eu decidi que não ia esperar por ela, que ia desfrutar daquele dia bonito na praia e depois, sim ir para a minha alegre casinha como diz a música! Ahahaha
 Assim que cheguei á praia, sentei-me na areia e comecei a olhar para a água, encolhi as minhas pernas até junto do meu corpo e pousei as mãos sobre os meus joelhos, encostei a cara aos braços e comecei a pensar, como é óbvio os meus pensamentos eram… Na noite anterior, no fim da minha relação, no Ezequiel e no que sentíamos, para mim ele sentia nem mais nem menos que uma atração, era isso que eu era para ele e agora que dormimos juntos era seguir com a vida para a frente mas ele mexeu com a minha cabeça (e não, não foi com o meu coração!). Um rapaz bastante atraente, com alguns 21 anos e com barba por fazer de há 5 dias (sim os homens com esta barba encanta-me, então com ar misterioso ui!), ele aproximou-se de mim e começamos a falar, ele também tinha saído de uma relação á pouco e também precisava de alguém para desabafar, mas claro que tristeza não é comigo e divertimo-nos muito. Não tive coragem para lhe dizer quem era o meu ex-namorado, apenas lhe disse que ele o conhecia, o João quis saber mais mas eu não deixei, era a minha privacidade e ele não tinha nada a ver com isso!
Oiço o telemóvel, era uma chamada da minha prima a perguntar onde estava, queria estar comigo e depois irmos para nossa casa, eu disse-lhe e ela prometeu que vinha ter comigo, eu não lhe disse para não vir o “meu menino” porque no fundo até o queria ver, queria saber o que provoquei nele. Depois de desligar a chamada sem pensar digo ao João para irmos tomar banho no mar, ele ao início não quis porque eu não tinha biquíni mas eu despi-me e fui em roupa interior e ele seguiu-me. Quando voltamos para junto de onde tínhamos deixado a roupa e ele tinha deixado a toalha que até tínhamos que partilhar, ele beija-me e eu deixo-me levar não era um relacionamento sério, era uma relação de momento, nada sério e eu precisava de tirar o Ezequiel da minha cabeça por uns tempos nem que fosse enquanto beijava outro rapaz. Mas mesmo quando nos beijávamos e ele me tocava na cintura e eu agarrava-o no pescoço me tinha esquecido do Garay, aquele homem invadiu-me a cabeça e não, não foi o coração!
Nos primeiros 6 segundos do beijo, só para ser um pouco previsível (embora não goste disso!) aparece a Rita & companhia. O meu ex-namorado Ezequiel interrompe o meu beijo com o João…

Qual será a reação do Garay ao beijo de Qeu e João?
Como será o reencontro deles? O que reserva o futuro daquele “ex-futuro” casal?

domingo, 18 de novembro de 2012

Capítulo 6: "Foi só uma aventura"

Ele lembrou-se das minhas palavras daquelas que lhe dissera antes de estarmos em momentos realmente românticos, eu dissera-lhe que não queria fazer amor com ele antes de termos uma relação e ele quis começar uma relação séria comigo antes de o fazermos, ele não sabia o que sentia mas mesmo assim arriscou. Eu sorri ao ouvir a sua pergunta, fechei os olhos, pensei durante alguns segundos, respirei fundo, bem fundo e respondi:


-Sim, pode ser.-abracei-o-Mas eu ainda não sei o que sinto por ti e não sei o que tu sentes por mim.- Olhei-o olhos nos olhos era uma maneira de lhe perguntar o que sentia por mim e de lhe confessar que também eu estava confusa quanto aos meus sentimentos, algo que nunca aconteceu comigo antes e assumi-lo em voz alta era difícil mas eu tinha de lho dizer. Ele beijou-me mas desta vez um beijo na bochecha e sorriu e respondeu bem encostado ao meu ouvido em forma de sussurro:


-Eu também não sei o que sinto por ti mas estou disposto a descobrir e irei ajudar-te a descobrir o que também sentes por mim.-beijou-me.-Afinal és a minha princesa e a minha namorada. -Eu sorri e decidi responder-lhe á altura:


-Não sou tua princesa nem de ninguém ouviste?!-beijei-o.-Quanto ao namorada podes-me chamar porque é isso mesmo que somos.-Sorrimos cumplicemente.
Ele encostou-se á parede sentado e eu sentei-me de frente para ele e comecei a beijá-lo no pescoço, nas bochechas, na barba, mordi-lhe os lábios e dei-lhe pequenos beijos na orelha, ele beijava-me no pescoço e tocava-me no fundo das costas puxando-me contra o seu corpo, como estávamos com pouca roupa vestida o desejo tornava-se cada vez maior, eu não sei dizer bem aquilo que senti, eu tinha desejo do seu corpo, ele atraia-me, ele parecia-me tão perfeito, pode parecer foleiro mas parecia retirados das mãos de Deus de tanta perfeição junta. Ele tirou-me o soutien mas não me pediu porque eu dissera-lhe que gostava mais assim, estávamos com o corpo encostado e começamos a fazer amor, claro que tínhamos medo que o Nico e a Rita aparecessem e nos vissem assim mas esse medo só nos fazia sentir mais confiantes e mais desejosos, o medo deixava-nos ainda mais loucos. Eu gostei de fazer amor com ele não era a primeira vez para mim nem para ele mas era a forma como sempre sonhei fazer pode parecer discurso de uma mulher apaixonada mas eu tinha entendido que o que sentia era apenas atração e desejo de um homem e não amor, porque esse eu prometi que não o sentiria mais e muito menos porque aquela pessoa que eu mal conhecia e que no meu ver não queria uma relação séria mas sim mais uma “aventura”. Mas soube-me bem e delirei, devo confessar que não coloquei limites a mim mesma, agarrava-o nos ombros e não medi a minha força, arranhei-o sem medos e ele deixava e fazia pressão sobre o meu corpo para os unirmos ainda mais, em qualquer parte do corpo.
Adormecemos depois de o fazermos, ele sentado com as costas apoiadas na parede e eu com a minha cabeça na sua perna, acordei minutos depois e decidi acordá-lo nem que fosse para nos vestirmos para o Nico e a Rita não nos verem assim. Ele acordou e disse:


-Afinal não foi um sonho, foi tão bom!-sorriu e beijou-me.


-Não foi sonho nenhum foi bem real acredita-belisquei-o.-Por isso é que o quero repetir agora veste-te que vamos tomar banho.


Vestimo-nos e enquanto ele vestia os boxers voltou-se de costas para mim e eu notei que tinha deixado a minha marca nele, estava arranhado eu sorri mas decidi não lhe dizer, ele sorriu depois de me ver a sorrir mas não entendeu o porquê. Depois levou-me até uma casa de banho que sem exagero era do tamanho da minha cozinha e sala juntos (não estou a exagerar!), ligou o jacuzzi e ainda não tinha a água toda e as famosas “bolhas” ainda não funcionavam quando me colocou lá dentro e repetimos. Foi melhor do que da primeira vez mas desta vez não senti atração nem desejo, eu não sei dizer o que senti só posso dizer que amor não foi, porque eu acredito que é preciso conhecer uma pessoa para a amar e eu mal o conhecia pessoalmente porque conhecia-o muito bem no seu trabalho. Adormecemos novamente e eu acordei horas depois, a água estava gelada mas não tive coragem para o acordar decidi então deixá-lo estar, olhei para o meu relógio e ainda era cedo não passava das 7h, e agarrei no meu batom vermelho e decidi deixar-lhe uma mensagem no espelho da casa de banho:
“Foi bom enquanto durou mas acabou”.
Depois procurei as minhas roupas pela casa e fui-me embora dali e decidi enviar uma mensagem horas depois para a Rita.

Qual será a reação de Garay quando vir a mensagem de Qeu?
Será que ele irá atrás dela e lutará por amor? Porque terá Raquel fugido?

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Capítulo 5: "Queres namorar comigo?"

Agarrei nas peças de roupa que estavam no chão, endireitei os meus calções e comecei a fugir da sala e do Garay, eu adorava provocá-lo e ele adorava que eu o fizesse. Olhou para mim e apenas sorriu, eu esperava que ele fosse a correr atrás de mim e comecei a afastar-me do sofá onde estávamos mas ele desapareceu durante segundos enquanto já estava no corredor e só percebi o que foi fazer porque ouvi uma música a surgir, aproximei-me um pouco para tentar perceber e ele silenciosamente foi-se aproximando de mim. Começou a correr e eu também para ele não me apanhar, claro ele como atleta eu seria a mais facilmente vencida, mas não me dei por vencida e continuei a minha corrida e já no corredor não reparei na parede e fui contra ela, cai no chão e comecei a chorar, eu não sou de me queixar mas tive dores terríveis, ele gritou:

-Qeu! -vi-a no seu olhar que estava preocupado e correu para reduzir a pouca distância que havia entre nós. Ele quis limpar a minha ferida mas não havia como, eu tinha uns calções que por acaso eram bem curtos, ele estava em boxer's, resultado pediu-me gentilmente a minha t-shirt que estava na mão e começou a limpar a ferida.
Depois pediu-me que ficasse ali que voltaria rápido, foi buscar água, algodão e Betadine para tratar da minha ferida, colocou a minha cabeça sobre a sua perna e tratou da ferida. Eu agradeci-lhe, ele foi um querido sem dúvida e eu não resisti enquanto ele aproximava a sua cara da minha testa para verificar se a ferida já estava melhor e eu beijei-o mas a atitude dele foi tudo menos o que eu esperava, ao início foi um beijo mas depois de alguns segundos, não muitos ele morde-me a língua, eu fico chateada mas não afasto os nossos lábios algo que ele tratou logo de o fazer. Eu fico chateada e com cara de poucos amigos e ia levantar-me para agarrar na minha camisola, calçar-me e ir embora mas antes claro, espetar-lhe dois estalos de mão esquerda naquela face mas ele olhou para mim, sorriu e falou:

-Eu quero tratar da tua ferida princesa.-eu olhei para ele e fiquei sem saber o que lhe dizer mas acabei por lhe responder.

-Princesa nada! Eu chamo-me Raquel e isto não é nada já passa. Agora deixa-me sair que vou para casa.-mas assim que digo isto ele sorri mas não me deixou sair. Eu continuei a responder-lhe. -E fica sabendo que me aleijaste na língua óh espertinho.

-És uma mulher muy caliente.-disse ele sussurrando me no ouvido e eu perdi as forças todas, colocou a minha cabeça no chão e deu a volta ao meu corpo até ficar ao meu lado, depois deitou-se por cima de mim e fez-me dar a volta para ele estar com o seu corpo no chão e eu por cima dele. Beijou-me no pescoço entre a orelha e as bochechas, eu perdi a noção do espaço, do tempo do que fazia e beijamo-nos o desejo foi nascendo e nascendo cada vez mais, eu só queria provocar-lhe desejo como ele me provocava, tocava nos seus abdominais, nas suas pernas, na sua cintura, beijava-lhe na boca, nas bochechas, no pescoço, nas orelhas, eu já conhecia os seus pontos fracos e fazia questão de os explorar ao máximo, ele fazia o mesmo comigo. Eu já estava sem calções, os boxer's dele ainda não tinham desaparecido porque preferia causar-lhe primeiro desejo total, ele tocava-me em todas as partes do corpo e só não teve a delicadeza de me tirar o soutien de resto acho que já me provocou em (quase) todo o corpo. Eu estava louca como nenhum homem me havia deixado até então mas não era amor, era desejo, era atracção. Entre aquele desejo todo, e com muita dificuldade em falar devido a tudo o que sentíamos consegue perguntar:

-Ainda és virgem?- eu não tinha forças para lhe responder por isso afirmei um "não" com a cabeça. Os beijos aumentavam e agora só brincávamos até encontrarmos a posição perfeita para o fazermos, eu gostava de não ser liderada e ele não me deixava liderar, sinceramente estávamos a arranjar a melhor maneira de o fazermos e nenhum de nós liderar o que era difícil e o sítio onde o fazíamos também não era cómodo, era o chão do corredor.
Mas ele consegue interromper (mais uma vez!) os nossos corpos e o que estávamos prestes a fazer para questionar

-Queres namorar comigo?-os nossos corpos já estavam afastados o suficiente para eu conseguir responder á sua pergunta com decência e ele me perguntar de cabeça e coração.

-Porque perguntaste isso?-eu não tinha percebido o porquê daquela pergunta, não tinha lógica se ele nem sabia o que eu sentia por ele.

-Tu disseste que não queria ter que isto acontecesse sem existir relação e eu quero fazer-te a vontade.-eu olhei para ele e respondi:

O que será que a Raquel terá respondido?
Será que acontecerá o que eles tanto desejam? O que sucederá?