sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Capítulo 13: "O meu Passado e o meu Futuro"

Como é que és capaz? Confiei em ti, admiti que estava apaixonada por ti e tu simplesmente enquanto durmo vais ter com outra rapariga qualquer que provavelmente vais querer o teu dinheiro ou terem uma boa noite de prazer e adeus ou vai-te embora 21, pensei para mim mesma. Depois de me endireitar, levantei-me abri a porta do carro e ia direitinha a eles, a rapariga estava de frente para mim e o Ezequiel estava de costas para mim e assim que espreita por cima do ombro depara-se comigo, volta-se e estica os braços querendo dar-me um abraço ou espetar-me um beijo, mas assim que me aproximo dele dou-lhe uma valente chapada na cara e digo:

-É assim que queres que confie em ti? Põe a confiança num sítio que eu cá sei!- empurrei-o para cima dela mas ela empurrou-o para cima de mim mas eu recuou uns passos para ele não me tocar. – E não me venhas com justificações parvas e sem sentido! Está tudo acabado Ezequiel! Esquece que eu existo! – Dito isto começo a andar o mais rápido dali para fora. Eu gostava dele e a prova é que tinha assumido o que sentia mas não era meu estar numa relação onde não confiasse numa pessoa e que sentia uns ciúmes doentios, que me tirava a personalidade, não estava disposta a aturar aquilo, não estava disposta a abdicar de tudo por ele, não o amava loucamente a esse ponto e sinceramente não me agradava estar numa relação principalmente com um homem daqueles, não era pela profissão dele nem pela pessoa que era, era porque não o conhecia bem. Não sei havia qualquer coisa nele que não me deixava estar na relação 100% segura, talvez porque sinto que sou mais uma conquista para ele e não uma relação e preferia sofrer no início da relação porque ainda estava ciente de tudo do que dar mais tempo á relação e depois sair profundamente magoada porque criei esperanças e ilusões apesar de nunca ser como a maior parte das mulheres para mim não fazia sentido casar porque tudo é efémero e não valia a pena casar-me para depois de me divorciar, e para mim o casamento sempre foi um papel que se assinava e que não mudava nada nas nossas vidas, não tinha valor absolutamente nenhum. E não, não me imaginava a apaixonar-me perdidamente e aparecer um “príncipe encantado” para me salvar dos maus, não eu queria seguir o meu sonho a todo o custo independentemente de amar loucamente alguém porque amar loucamente e sem fins acredito que só mesmo os nossos filhos, já apanhei um susto terrível com a história das gravidezes e dos filhos. Apanhei um susto terrível, no dia em que fiz 16 anos a minha prima deu-me por brincadeira uma caixa de preservativos e um teste de gravidez, por brincadeira e eu acabei por fazer o teste e mais tarde dar uso á caixinha que ela me deu. Depois de fazer o teste deu positivo e não estava de pouco tempo, estava de 8 semanas, o que significava que estava grávida de quase 3 meses, tive o período enquanto estava grávida, parecia que o mundo tinha caído sobre mim, eu não esperava nada ser mãe ainda por cima com tão tenra idade mas ia aceitar a criança, quis que a gravidez desenvolvesse mais até dizer ao resto da família, eu não estava preparada para ser mãe e demorei algum tempo a aceitar esta gravidez e tudo isto, era muita mudança, iria deixar a escola e trabalhar, ia deixar de viver as minhas aventuras e dedicar-me ao bebé, ia mudar e mudanças nunca foi a palavra de ordem que eu preferisse na minha vida. Depois de noticiar a boa-nova á minha família, aos meus amigos e ao pai do bebé e deste me abandonar sem deixar rasto, que pensei melhor para mim porque assim educo o bebé sozinha sem ter um homem atrás de mim, sem ter um homem a educa-lo o que significava que estava entregue a mim e apenas a mim, o que me agradava. O bebé acaba por morrer no meu ventre já com quase 4 meses de gestação, o que me tirou qualquer força o que me fez chorar e morrer um pouco por dentro, me tirou as poucas esperanças que tinha no amor, eu já estava tão afeiçoado ao meu filho, era um menino e ia-se chamar Rodrigo, já estava tão ligada a ele, tão intimamente ligada, já tinha desejos, já falava com ele, já o sentia, já chorava, já não enjoava e acima de tudo já tinha tido as primeiras ecografias e imaginei tudo, já sabia exatamente o dia em que era suposto nascer, era o meu filho, era o amor da minha vida e eu faria tudo por ele.
Foi embrulhada nestes pensamentos que deixei o Ezequiel e comecei a andar para bem longe dali, chorei, não consegui evitar deitar aquelas lágrimas que me escapavam sempre dos olhos quando pensava neste assunto, era dos poucos, senão único assunto que eu não conseguia falar ou pensar, não conseguia fazer nada sem ser chorar, acho que o meu limite é quando não tiver mais lágrimas para deitar. E foi assim que o Ezequiel me apanhou já estava a uma distância considerável da praia, limpou as minhas lágrimas abraçou-me e eu não resisti, precisava do seu abraço acima de tudo mais, precisava de um amigo e o seu abraço apoiava-me de uma forma louca e incondicional. Depois de ficarmos assim durante algum tempo ele sussurra-me:

-Eu perdoou-te pelo que me fizeste eu perdoou-te e apoio-te, porque te adoro do jeito que és, dos estalos que me dás, de seres difícil e dos ciúmes doentios. Eu adoro-te pelos teus medos e pela tua insegurança e de uma vez por todas enfia nessa tua cabecinha que eu só te quero é a ti. A rapariga que viste é dona do bar eu estava a pedir-lhe para irmos á casa de banho e tomarmos lá o pequeno-almoço. – Mal acaba de dizer isto eu levanto-me e vou-me embora mas não sei antes dizer:

-Não volto com a minha palavra atrás. E as lágrimas que derramei não foram por ti, foram pelo meu passado, que já está morto e enterrado assim como o teu “amor”. – Fiz aspas imaginárias com os dedos. – Na minha vida. – Assim que digo isto começo a correr para longe dali sem rumo certo, apenas uma coisa saiba ia dar a algum lado.

Passado 6 semanas

Há 5 semanas que ando com uns enjoos matinais muito estranhos, os pequenos-almoços da minha tia quando durmo em casa dela e da minha prima Rita já não me parecem tão agradáveis como antes, ando sempre mal disposta, e quando digo sempre é sempre, parece que vivo na casa de banho, sinto-me desconfortável com o seu corpo e o meu período desapareceu há 5 semanas, o que é de estranhar porque nunca me aconteceu isto tudo junto mas fiz tudo para esconder isto dos que me rodeavam mas nas últimas duas semanas foi totalmente impossível porque a minha casa era tecnicamente na casa de banho e acho que a última vez que me senti assim foi durante as últimas duas semanas de gestação do Afonso, porque nos primeiros tempos estava normalmente até o período me apareceu normalmente. Estes sintomas todos andavam-me a deixar com a pulga atrás da orelha e por insistência dos meus tios, da minha prima e do Nicolás (sim!), sim do namorado da minha prima acabei por fazer o teste, se eu engravidasse só uma pessoa podia ser o pai, só ele… Podia ser o pai e depois do filho da nossa relação, nunca mais nos voltamos a ver ou falar e mesmo se eu não lhe dissesse que ia ser pai sabia que a minha prima e namorado lhe diriam e eu não queria de todo engravidar novamente e muito menos dele mas faria tudo para ele ser um pai ausente ou então para nem sequer ser pai, preferia apenas que o fizesse e depois desaparecesse. E também podia perfeitamente perder a criança nos primeiros 3 meses de gestação, como aconteceu com o Rodri (como lhe chamava carinhosamente), o meu filhote esse seria sempre o meu primeiro filho. E por um lado o teste também podia dar negativo e eu queria que fosse esse o resultado mas por outro lado queria muito viver a experiência da maternidade, apesar de a partilhar com um homem que não conheço bem e na verdade depois do nosso muito curto namoro e de ter já passado mês e meio depois do nosso fim e de não termos dito mais nada, eu sabia no fundo que continuava a gostar dele. Um dia bem cedinho, levanto-me visto-me:

Como já se começava a sentir algum frio de Outono optei por um vestido de manga comprido e ia com umas collants transparentes. 

E calcei:
Na verdade ia vestida para arrasar na rua, gostava de dar nas vistas e ser rebelde, eu ia sair á noite mais tarde, ia divertir-me, eu sei que para quem desconfia que está grávida, esta roupa e este calçado não são os ideias mas eu não queria saber e acima de tudo eu não queria estar grávida. Ainda oiço algumas assobiadelas mas sinceramente não queria saber, eu ia comprar o teste e fazê-lo-ia em casa. Cheguei a casa novamente, tranquei tudo, sabia que a probabilidade de aparecer alguém era nula mas eu precisava de me sentir “protegida” para saber o resultado deste teste, ninguém mesmo sabê-lo ia que o faria, ninguém desconfiava. Acabei por fazer o teste com fé e coragem no destino e tive a resposta...

Qual será a resposta ao teste de gravidez da Qeu?
Como será que irá reagir? O que lhe espera o futuro? 

4 comentários:

  1. AMEI!! <3
    Quero saber o resultado...
    Positivo, quase que aposto...
    Quero ler o próximo muito em breve!
    Beijinhos :*

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  2. Obrigada :)

    Vais ter que esperar um pouco pelo resultado porque as visualizações têm andado baixinhas e até aumentarem não tenciono postar...
    Desculpa :c Mas se fizerem muito esforço pode ser que publique!

    Não posso adiantar mais, apenas que vai haver surpresas!!

    Beijinhos Rita :D

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  3. Olá, de novo!
    Nã, ela está gravida? Seria uma grande reviravolta, oh meu deus tenho de me despachar para ir ler o próximo capitulo...
    Beijinhos
    Didi Martins

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    1. Olá :)

      Então despacha-te a ler mesmo, os capítulos que se seguem prometem muito! Vai haver muitas surpresas!
      Será que ela vai conseguir recuperar da perda do filho Rodrigo e entregar-se a este bebé? Só nos próximos capítulos se saberá!

      Beijinhos, Rita

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