Ele seguiu-me e sorriu, sentei-me
na mesa e acabamos de almoçar, entre muitas risotas e brincadeiras, não só da
nossa parte mas também porque vários fãs vinham até á nossa mesa e pediam
autógrafos, fotografias, pediam um diverso número de coisas, algumas bastante
parvas mas ele acedia a todas com muita calma e sempre com um sorriso na cara.
A certa altura aparece uma rapariga bastante jovem com uma criança ao colo,
vinha de mão dada com o rapaz que devia ser o seu companheiro, mas tarde
descobri também que era o pai do petiz. O traquina era muito reguila e assim
que se aproximam da mesa ele faz questão de fazer força até ir para o chão, e
mal lá chega diz:
-Mãe, mãe. – Agarrou-se á perna
da mãe mas a mãe não o olhou. – Por amor de Deus.- Claro que eu e o Ezequiel
nos começamos logo a rir não era normal uma criança usar uma expressão destas.
– Por amor de Deus mãe sou eu o teu filho Tomás. Olha para mim. – A mãe agarrou
e colocou novamente ao colo e ele continuou a falar. – Este não é aquele que o
pai diz que joga bem á bola? – Perguntou inocentemente enquanto apontava para o
Ezequiel. – O companheiro dela agarrou no pequeno e colocou no seu colo,
deu-lhe um carinho no rosto e disse:
-Tem cuidado com a maneira com
que falas Tomás! Não conheces o rapaz de lado nenhum para o tratares assim! – O
menino abanou que sim com a cabeça.
-Conheco sim! E tu também
conheces dizes que ele joga bem á bola e que queres que ele jogue sempre, e
depois quando marca golo tu gritas muito!- foi impossível não nos rirmos, a
criança era um mimo, totalmente inocente mas direta, talvez se muitos adultos
fossem assim só ficavam a ganhar, pensei para mim mesma.
-Obrigada pelo elogio meu
pequenino!- o Ezequiel levantou-se e deu-lhe um beijinho na bochecha na
bochecha e um “passou-bem”, mas ele fez questão que o pai o coloca-se no chão e
respondeu:
-Eu não sou pequeno, sou grande e
forte!- colocou-se apoiado sobre a ponta dos pés e puxou a t-shirt para trás e
mostrou os seus “músculos”, eu só conseguia rir de tão divertida e animada, o
Ezequiel também.
– Tu és mais alto e grande e forte mas eu também sou, vais ver!- Começou a correr e o Ezequiel ia correr atrás dele mas o pai impediu-o e foi a correr atrás dele, a mãe pegou na folha que ele tinha assinado minutos antes e seguiu atrás dele. Começou uma conversa muito estranha, realmente e eu não estava a gostar:
– Tu és mais alto e grande e forte mas eu também sou, vais ver!- Começou a correr e o Ezequiel ia correr atrás dele mas o pai impediu-o e foi a correr atrás dele, a mãe pegou na folha que ele tinha assinado minutos antes e seguiu atrás dele. Começou uma conversa muito estranha, realmente e eu não estava a gostar:
-Um dia serei eu a viver o papel
de pai se Deus quiser! E quem sabe não será contigo?-era uma pergunta retórica
mas na mesma eu decidi responder, odeio ficar sem resposta:
-Aguenta aí os cavalos que isto
ainda mal começou e tu já estás a querer andar em demasia. – Respirei bem
fundo. – Uma coisinha de cada vez!
-Eu não disse que iria ser eu
disse que poderia ser, nada mais por isso tem calma tu!- Ai tu vais pagá-las
Marcelo, ai vais, vais! Pensei para mim mesma.
-Tem tento na maneira como falas,
se falei bem contigo tu falas bem comigo. Respeitinho é bom e eu gosto e muito!
Não penso ter filhos tão cedo, muito menos casar, isso é que está fora de
questão.
-Porra que tu és teimosa que nem
uma mula! – Comecei a gargalhar.
-Já vi que isto está a ficar sem
rumo e muito azedo: fui! Depois vemo-nos. – Peguei na minha mala e ia embora,
não queria saber do meu rumo queria apenas sair dali e não ouvir outra birra,
se eu quisesse aturar uma criança ia para educadora de infância.
-Se quisesse aturar uma birra de
uma criança ia para educadora de infância. A conversa não me está a agradar:
fui! – Levantei-me da cadeira, agarrei na minha mala e ia embora dali não sem
antes agarrar na chave do carro do Ezequiel, não tinha onde ir nem o que fazer,
por isso o melhor mesmo era ficar sentada lá, á espera nem eu sei bem do quê.
Ele não entendeu que eu lhe tirei as chaves, pensei para mim mesma: “melhor”. Sai
num passo apressado e fui até ao interior do carro, deitei-me e acabei por
adormecer. Mas o sono tão foi muito profundo, acordei minutos depois com um
perfume a entranhar-se nas minhas narinas e era aquele perfume, era o Ezequiel,
sentou-se no banco da frente e sem mais nem menos tirou a chave que estava em
cima do banco do pendura e fez-se ao caminho, não me disse nada, nem respondia.
Eu bem perguntei e tentei saber até onde ele me levava mas ele não disse,
seguiu apenas caminho e nem cedeu á minha chantagem que sai do carro em pleno
andamento, ele não me ouvia, apenas sorria e prosseguia como se não me ouvisse,
como se fosse surdo ou como se nem sequer falasse.
A viagem ainda demorou algum
tempo, lembro-me de atravessar a ponte e ir até Lisboa, por um lado não queria
sair daquela praia mas por outro lado queria descobrir até onde ele me levava,
acabei por desistir de descobrir onde íamos já perto do destino. Estacionou o
carro e fomos até ao Castelo de São Jorge, ele pagou o bilhete e eu decidi não
discutir desta vez, o silêncio era o modo mais confortante de estarmos juntos.
Desfrutávamos a paisagem sobre a bela cidade de Lisboa, passamos toda a tarde
sem falarmos e sem entendermos a noite surpreendeu-nos e a vista sobre a minha
cidade tornou-se ainda mais linda.
Depois de algumas horas em trocas
de carinhos, de beijos e de tudo a que tínhamos direito, eu decido quebrar o
gelo e disse:
-Vamos parar com as discussões,
com os desentendimentos, vamos parar com isto tudo. Vamos viver o momento, o
nosso momento. – Sentou-se atrás de mim e abraçou-me, depois beijamo-nos, ele
não queria falar e respondeu com gestos, não insisti. Ficamos assim mais um
tempo e depois decidimos ir jantar, até porque o Castelo ia fechar. Jantamos e
fomos novamente até ao carro, mas desta vez quem conduziu fui eu! É verdade que
tenho idade mas não tenho carta mas já tenho experiência, já o fiz algumas
vezes e tenho algumas aulas de condução, nunca tinha tido acidentes e tudo
correu bem até agora, ele nada perguntou logo não inventei uma desculpa.
Levei-nos até á praia onde acabamos por adormecer, mas no carro, a noite não
estava agradável para se pernoitar na praia e nenhum de nós queria ir para casa
então aventuramo-nos e dormimos na praia. De manhã acordo cedo, pouco faltavam
para as 8h, e senti que o Ezequiel não estava junto a mim, levanto-me do carro
e começo a procura-lo, mas a pesquisa pouco durou porque ele estava a conversar
com uma rapariga e claro eu tive ciúmes e decidi ir ter com eles e pedir
esclarecimentos, mas quem é que ele pensava que era para me deixar a dormir e
vir falar com uma rapariga qualquer?!
O que será que Qeu dirá a Garay?
E a rapariga?
Como reagiram aos ciúmes dela?
Quem será a rapariga?
Olá, outra vez
ResponderEliminarUi uma rapariga? Que rapariga!? Ai, ai os ciumes são tramados...
Vou rapidamente ler o próximo capitulo :)
Beijinhos
Didi Martins
Olá novamente :D
EliminarÉ uma rapariga que vai causar muitos problemas mas é inocente, foi apanhada no meio da confusão!
Tenciono publicar em breve, e posso agradecer o teu apoio que é tão importante!!
Beijinhos