-Também não é a primeira vez que acontece
comigo mas mexeste comigo sem dúvida, senti uma atracção uma ligação...-
enquanto o dizia foi-se aproximando de mim e abraçou-me pela cintura, eu fiz
questão de me afastar dele e de lhe dar um estalo na cara, mas quem é que ele
pensava que era?! Só por ser reconhecido não tinha o direito de fazer o que bem
quisesse. Respondi-lhe:
-Mas tu estás parvo ou quê? As tuas hormonas
andam á solta?!-disse mostrando surpresa, quando sinceramente a minha vontade
era ficar assim. Ele era misterioso o que adorava, ele fazia-me sentir bem e
desejar conhecer o porquê do seu mistério e tentar desvendá-lo.
-Pela maneira como respondeste aos meus
beijos só quer dizer que também querias!-aproximou-se de mim a uma velocidade
estranha e muito rápida, eu fui tentando afastar-me mas acabei encostada á
parede, ele cada vez foi-se aproximando mais e estava a milímetros de mim. Eu
baixei a cabeça para não o encarar nos olhos, mas ele com os seus dedos
obrigou-me a levantar a cabeça e fazer o que tanto temia: olha-lo olhos nos
olhos, cara-a-cara. Eu não consegui resistir simplesmente: beijei-o. Ele
agarrou em mim e fez com que as minhas pernas estivessem á volta da sua
cintura. Ao início era apenas isso, um beijo mas o desejo começou a renascer, a atracção .. Ele "enfiou" a sua língua dentro da minha boca, passo a
expressão é mesmo assim que ele fez mas eu tentei fugir mas assim que ele lhe
toca eu respondo. Beijamo-nos várias vezes e só nos separávamos para respirar,
num ápice, mesmo sem eu perceber estava deitada na cama, em cima dele, sim em
cima dele!
O Ezequiel já estava sem camisola e a minha
estava quase toda levantada, ele quis levanta-la mas eu impedi-o, puxando-a
para baixo. Ele abriu os olhos e eu também o fiz e acho que me tentou perguntar
o porquê, simplesmente não lhe respondi beijei-o e troquei as nossas posições,
ele por cima e eu por baixo. Comecei a beijar-lhe no pescoço, no peito, e
desapertei o seu botão das calças, senti que ele já estava mesmo insaciável
daquele momento e fugi entre as pernas dele. Ele ficou meio perdido e ficou a
olhar para mim enquanto me endireitava, ele não sabia se se vestia, se me
olhava, se falava ou se me beijava e eu sinceramente também neste aquele
silêncio constrangedor até nem me parecia mau. Mas ele decidiu interromper e
falar:
-Porque é que fugiste do que íamos viver? É
tão difícil assumires que sentes algo quando eu também sinto?!-disse revoltado,
deu um pontapé na cama, estava mesmo revoltado e eu não sabia o que fazer, eu
mexia com ele e ele mexia comigo mas eu nunca, nunca assumiria!
-Eu não fugi do que íamos viver, eu não
assumo nada do que não sinto e vê lá se tens calma contigo porque a cama não
tem culpa nenhuma! Eu não vou fazer amor com uma pessoa que mal conheço e com a
qual serei apenas mais uma para a lista!-eu sabia que era disso que se tratava,
ser apenas mais uma para ele.
-Tu não entendes que não és apenas mais
uma?! Eu gosto de ti !! E tu foges como o Diabo da Cruz de mim e do que
vivemos!- disse triste mas também revoltado, eu vi no seu olhar.
-Queres tão desesperadamente ir comigo para
a cama?!-eu sabia que não era bem disso que se tratava ele sentia o mesmo que
eu, um desejo e uma atracção ou talvez amor, sinceramente não o sinto há tanto
tempo que não sei...
-Não se trata disso! Eu gosto de ti!-ele
sentou-se mais calmo na cama e quase que ia jurar que ia chorar e decidi fugir
daquele quarto e ir não sei bem para onde e começamos a falar...
Como correrá a
conversa com Ezequiel?
Será que é mesmo
desta que se entendem? Será que é apenas atracção/desejo?
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