Ainda o beijo mal
tinha começado quando por ironia (infeliz ou feliz) aparece o Garay, e separa o
meus lábios e os do João, senti um sabor agridoce, por um lado era bom para
entender o que ele sentia por mim, não através de palavras mas de ações, de
saber que mexia com ele, de fazer diferença na sua vida, por outro lado era
mau, porque ele era um pouco autoritário e nem a minha mãe se impedia de fazer
fosse aquilo que fosse, eu fazia aquilo que a minha cabeça e coração mandassem,
sou um pouco rebelde digamos e ele impediu-me de fazer aquilo que eu queria que
era nem por segundos tirá-lo da minha cabeça beijando outro rapaz. Eu olho para
ele com cara de poucos amigos e ele olha-me na mesma, eu senti o meu coração a
palpitar mas escondo isso ao máximo, era a primeira vez que o olhava olhos nos
olhos depois da minha despedida, não me querendo gabar, bastante original.
Reagi com palavras furiosas para esconder o que realmente sentia:
-Ouve lá quem é que
tu pensas que és para fazer isto?- olhava-o olhos nos olhos tentando parecer
furiosa.-ele simplesmente sorri e responde:
-Sou o Ezequiel Garay
não sei se sabes mas somos namorados...-ele sorria simplesmente. Comecei a
gargalhar e depois continuei
-Nem a minha mãe me
impede de fazer aquilo que quero, logo não és tu que me impedes!-abracei o João
mas desta vez foi ele que separou os nossos corpos e falou:
-Tu tinhas-me dito
que não namoravas.-tinha os homens que passaram pela minha vida nas últimas 24
horas a olharem-me como se me tivessem a pedir esclarecimentos.
-E não
namoro!-sorri-Ele é que não deve ter entendido a mensagem.-olhei para o Garay e
abri os olhos como forma de lhe colocar respeito.
-A maneira como te
despediste não foi a mais óbvia!-sorriu-Preciso que mo digas diretamente porque
colocares no espelho foi bom enquanto durou mas acabou não é a melhor, lamento
cariño.-esta última palavra que disse foi em espanhol, a palavra com que ele
carinhosamente me tratava e a forma como o dizia deixava-me sem reação.
-Já te disse que
cariño é o que raio que te parta!-espetei-lhe uma chapada na cara mas sem muita
força para não aleijar.-Se queres que o diga então eu repito claramente: O
nosso namoro acabou!-olhei-o e dei um beijo rápido nos lábios do João. Mas este
separa logo os nossos corpos e os nossos lábios e diz:
-Eu não sou o outro!
E não estou para ficar aqui a aturar-vos quando é claro que vocês tem muito que
falar e claramente que amam-se!-virou costas e foi-se embora, eu nem consegui
reagir, e olhei para o Ezequiel á espera de alguma palavra ou reação dele mas
claro que ele palavras não as teve mas teve a atitude que eu não esperava, mas
sim que eu desejava no meu subconsciente. Puxa-me contra o seu corpo e
beija-me, eu agarro-me a ele e num instante estavamos a namorar, claro que
entre beijos, eu consigo travá-lo e digo:
-Já não sou tua
namorada.-ele estava de olhos fechados mas enquanto digo esta última palavra,
ele abre os olhos e olha-me, depois responde:
-Eu sei.-beijou-me-Eu
não sou o teu namorado mas gosto ainda mais dos teus beijos assim.- Eu sorriu e
esclareco o sucedido porque lhe digo-lhe vi a mnha marca na sua testa, sim
escrito com o meu batom vermelho: "Cheiras a Sexo", pego num lenço de
papel e limpo mas decido deixar uma marca minha nele, coloco bastante batom
vermelho e beijo-o por toda a cara e um beijo valente nos lábios. Ele senta-se
no chão e eu coloco-me no seu colo mas de frente para ele, num instante já estava
sem camisola e eu agarrava-o nos ombros com força para demonstrar o meu desejo
dele e de sentir ainda mais aquela atração.
Eu levanto-me e tento
fugir dali, eu sinceramente não sei o que sentia por ele e não sabia o porquê
de algumas atitudes para com ele: tinha acabado a nossa relação, tinha-o
tratado mal, tinha-me despedido de forma invulgar e sem dar justificações mas
ele vinha atrás de mim e impedia-me de desistir dele, de nós, mas ele teimoso
como sempre, segue-me.
Começo a correr praia
fora e ele vem atrás de mim, pega-me ao colo e depois começa a correr até ao
parque de estacionamento, eu ainda tento fazer com que ele me coloque no chão
mas foi missão impossível, o seu perfume, o seu toque, o seu abraço, tudo
aquilo me impedia de ter forças e argumentos de lutar contra ele. Num instante
chegamos lá e ele coloca-se no lugar do condutor e eu deveria colocar-me no
lugar do seu lado mas claro que não é isso que faço, vou para os lugares de
trás e ele vem para junto de mim, não foi preciso palavras porque mal ele chega
eu começo a beijá-lo e ele entende até onde eu queria ir mas não me deixou,
interrompeu os nossos beijos, colocou um dedo sobre os meus lábios antes de o
beijar outra vez. E ele quer ter "aquela conversa", sobre o que se
passava, o que se passou, e o que se iria passar, eu não sabia o que lhe dizer,
sobre o porquê de tudo. A sua primeira frase foi:
-Qeu precisamos de
falar? -ele olhou-me olhos nos olhos e sentou-se direito no banco.
-Sobre?-encostei a
minha cabeça ao seu peito e ele colocou a sua mão sobre a minha cintura.
-Sobre o que sentes,
sobre o que sinto, sobre a nossa relação, os nossos momentos...Queres que
continue?-eu desviei o meu olhar até á sua face de modo a olhá-lo olhos nos
olhos, ele faz o mesmo.
-Pensava que
preferias gestos.-beijei-o.
-Eu quero falar Qeu,
eu preciso de falar.
-Vamos fazer a sua
vontade menino Ezequiel mas depois já sabes o que quero.-pisquei-lhe o olho e
beijei-o no canto do olho.
-Está bem, o que vale
é que não te resisto-sorrimos cumplicente-Podes começar...
Como correrá a
conversa entre Qeu & Garay?
Será que vão
esclarecer tudo o que sentem? Será que vai correr bem ou ela fará novamente das
suas?
tcheii será que vai correr bem?
ResponderEliminarQuero mais!
A Qeu é um pouco imprevisível, nunca se sabe o que ela trama no futuro! E o Ezequiel adora-a e está disposto a lutar por ela...
ResponderEliminarÉ por fãs como tu que continuamos a escrever! Obrigada pelo apoio.
Rita & Qeu