Ele aconchega-se no banco e eu
coloco a minha cabeça numa perna dele, deitando-me. O Ezequiel começa a
fazer-me festas na bochecha, eu sorriu, como era possível aquele homem
aturar-me e insistir comigo depois de tudo o que lhe tinha feito, de fugir
dele, de o desprezar, de o tratar mal. Estava um silêncio estranho no carro,
ouvia-se as nossas respirações e ele inspira bem fundo no parecer daquele
silêncio foi super barulhento e ele fala olhando-me olhos nos olhos e
continuando a fazer as festas na minha face que me faziam arrepiar e perder a
vontade de lhe gritar, de lhe bater, de medir forças com ele:
-Porque é que fugiste de... -hesitou
e respirou mas foi rápido a continuar a frase. - De nós?-Levantei-me e
encostei-me ao outro lado do carro, olhando pelo vidro e observando a paisagem,
a praia, o mar, que me transmitia paz, ganhava inspiração e sinceramente
pensava em tudo o que lhe tinha feito e em tudo o que se passava, no que
sentia... Respirei e ele continuou a falar, aproximou-se de mim e eu voltei-me
para ele ficando a escassos centímetros dele, sentia a sua respiração enquanto
ele me olhava olhos nos olhos. -E sê sincera.
Dei a volta ao seu corpo e fui
sentar-me do outro lado do banco, voltando para a posição onde estava do outro
lado do banco. Ele sentou-se do outro lado onde eu estava antes mas colocou os
pés em cima do banco tocando assim nos meus, os seus pés estavam frios, bem
fresquinhos enquanto os meus estavam quentes e com a temperatura ambiente até
me sabia bem, não só pela temperatura porque sabia também que era os daquele
homem.
-Não sei.-respondi com o que me
pareceu mais indicado e mais sincera possível. -Não pensei no que fiz, fi-lo e
pronto, eu sou assim mesmo Ezequiel, não penso e faço.
-Eu não sou assim!-deu a volta ao
banco, encostou-se á porta do outro lado e voltou-se para mim e eu segui o seu
exemplo, assim conseguiamo-nos olhar-nos.-É por causa disso que gosto de
ti.-beijou-me mas um beijo que foi mais um encosto de lábios porque queriamos
continuar a conversa.
-Como é que podes gostar de mim se
mal me conheces?-estavamos abraçados e eu disse-lhe isto em forma de sussuro.
Ele beija-me no pescoço e eu arrepio-me, e ele responde:
-Porque o pouco que conheço de ti
foi suficiente para me apaixonar por ti.-disse beijando-me na bochecha. Eu
fiquei perplexa, ele assumiu que gostava de mim simplesmente, não foi só isso
ele assumiu que estava apaixonado por mim, sim apaixonado, eu não esperava
ouvir, simplesmente esperava ouvir um "gosto de ti"! Abro ligeiramente
a boca, pasmada com tudo, ele separa os nossos corpos e sorri assim que me vê e
diz:
-Porque é que estás com essa
cara?-ele sorria olhando-me.
-Porquê é que achas? Tu assumiste
que estavas apaixonado por mim como querias que reagisse? Que te desse um
valente beijo e dissesse o mesmo! Desculpa não sou assim tão previsível!-sorri
e beijei-o, muito sentidamente na qual ele retribuiu completamente. Assim que
nos separamos, ele fica quase deitado no banco e eu deito-me do lado dele a
fazer-lhe festas no peito e num instante ele tira a camisola e eu delicio-me
continuando a fazer festas mas o calor naquele carro não parava de aumentar e
para não abrirmos a porta eu decido sair dali e ir ligar o ar condicionado,
enquanto estavamos deitados, roubo-lhe as chaves do bolso sem ele entender,
coloco no lugar e ligo o ar condicionado, tudo isto num estreito buraco entre
os bancos da frente mas enquanto ligava, o Ezequiel dá-me uma palmada no rabo,
que descarado! Mal acabo de ligar aquilo que ainda demorou algum tempo visto
que era muito moderno e automático e eu mal estava habituada a carros quanto
mais um moderno! Volto para junto dele e dou-lhe uma chapada na cara mas com
força, fui bruta, sim é verdade mas eu não queria sê-lo, as suas feições mudam
radicalmente e olha-me zangado e eu digo:
-Desculpa Ezequiel, dei com
demasiada força, desculpa cariño!-disse coçando a parte de trás da cabeça, eu
não queria que ele ficasse chateado comigo.
-Eu desculpo sabes porquê?-deu-me um
encosto de lábios suave.-Porque te adoro princesa e adorei o facto de me
tratares por cariño! Pelos vistos ficaste fã. Mas eu não te perdou por outra
coisa!-disse olhando-me, enquanto voltava para a posição onde me encontrava
antes de ir ligar o ar condicionado.
-Que foi desta vez Ezequiel Marcelo
Garay?-sorri olhando para o seu corpo, continuando a fazer festas nos seus
abdominais bem definidos.
-Só o digo se tirares essa
camisa!-colocou a língua de fora, aquilo era uma provocação e eu apenas sorri
mas não lhe obedeci. Ele começou a fazer-me cócegas, imensas cócegas e eu claro
parto-me a rir! Depois começa-me a fazer cócegas na barriga e claro mesmo sem
eu entender ele tira-me a camisola, depois de acabar aquela brincadeira, eu
visto-a novamente e ele pergunta:
-Porquê é que vestiste a camisa?
Sai do banco de trás do carro e fui
sentar-me no lugar do condutor, ele vai-se sentar no lugar do
"pendura". Ai respondo á sua pergunta:
-Porque eu sei até onde iamos parar
e eu não quero! Isto não é sexo a toda a hora!-disse olhando para ele um pouco
chateada, afinal ele devia pensar que eu só queria isso e fazia-lhe a vontade
sempre que o menino quisesse! Era o que faltava!
-Tens razão desculpa!-sorriu e
colocou a mão sobre a minha perna. Eu retribuo e coloco a minha mão sobre a sua
perna, ele sorri e eu volto a falar:
-Não sei o que sinto por ti, fazes
sentir-me bem mas...-ele interrompe-me!
-Qeu...-fez uma pausa para olhar
para todas as características da minha face, desde os meus lábios, ás minhas
bochechas, os meus olhos e eu olho para o seu corpo bem definido.-Queres voltar
a ser minha namorada?
Que irá responder Qeu ao 2ºpedido de
namoro de Garay?
Qual será a reação dela? E dele?
Sem comentários:
Enviar um comentário