segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Capitulo 1: "Aposto Que Dizes isso a Todas!"

Querido Diário, 23 de Setembro de 2012

Ainda agora depois de o escrever me parece estranho… “Querido Diário”?! Mas a minha irmã mais nova ofereceu-me isto e disse-me que também ela escrevia no dela, fiquei comovida. Disse-me que dentro de algum tempo me lia o dela, mas fez-me jurar segredo sobre o que escrevia, jurei e ela ficou muito contente, começou a falar sobre a escola, os amigos e o entusiasmo do novo “amigo diário”. Como cumpro sempre o que digo também vou escrever, a Mariana vai-me pedir para também ler e é o que vou fazer. Como a minha prima também começou a escrever também puxou para que começasse a escrever. Não tenho grande queda para esta área mas seja o que Deus quiser…
Sou a Raquel e tenho 17 anos e vão descobrir mais sobre mim com o que vou escrever nas próximas folhas… Começando a falar sobre o meu dia: acordei eram 8:30 porque 1 hora depois a Rita estava á porta do meu prédio para seguirmos para o Estádio da Luz.
Pelo caminho ouvimos a música que a vidrava ultimamente: Don´t Wake Me Up de Chris Brown, eu ouvi cantar a música:


“Dear Beloved
If this love only existing in my dreams
Don’t Wake Me Up”

Ela cantava com emoção, quilo toca-lhe no coração e eu via-o no seu olhar. Apesar de não gostar de a ouvir cantar deixei-a continuar, estava a descarregar as emoções dos seus amores e de mais um que tinha falhado, embora não o admitisse eu sabia que o Gonçalo ainda lhe tocava e magoava. Cantamos juntas o refrão: “Don´t Wake me Up” uma série de vezes. De seguida falamos um pouco sobre os amores, a escola, ela não gostava de falar sobre os seus amores, eu falei sobre o meu amor, sobre a minha desilusão.
Ela não queria falar e não insisti, talvez um dia eu lhe faça chorar, ela ainda não deitou para fora tudo, nisso somos cúmplices, eu sofro mas não quero chorar. Entretanto chegamos ao sítio: o Estádio da Luz. Ela estacionou o carro e seguimos até á loja do Benfica, eu ia comprar um cachecol com o nome Garay e o seu número 24. Mas estava esgotado, é o que dá ter um ídolo tão apreciado pelo sexo feminino :b Fui então á procura de outra coisa, apaixonei-me pela nova camisola do Benfica e comprei-a, fiz um pequeno mimo para mim. Pedi o número 24 e quis gravar algo original no nome então pedi “Q. Garay” podia ter pedido “R. Garay”, claro que o R era do meu nome mas pedi um Q, porque ultimamente todos me chamam Qeu. A Rita gostou e achou original. Passeamos mais um pouco e depois fomos para a sessão de autógrafos. Que emoção! A Rita foi para a fila do Gaitán e eu fui para a fila do Garay, aquele homem parece tão misterioso, tão sexy, como jogador é perfeito, é um argentino e basta como diz a Rita! Á minha frente estavam duas raparigas que eu conhecia e bem: a Telma e a Bárbara. A primeira e segunda melhores amigas. Falamos e o tempo lá passou a correr, a Rita já estava á minha espera e apenas tinha algumas raparigas á minha frente. Assim que o vi ele sorriu e disse:

-Olá cariño. Que fã muy bonita tenho… -sorri e falei:

-Aposto que dizes isso a todas. Mas eu não sou qualquer uma sim?! – dei-lhe a camisola e ele assinou: “Para uma fã difícil. Ezequiel Marcelo Garay”. Assim que vi aquilo sorri, pelo que vi dele nunca assina com o nome todo. Vesti a camisola por cima da roupa e virei-me de costas para ele e ele falou:
-Cariño, eu não me chamo Q. Chamo-me Ezequiel. Vê lá se mudas o nome na camisola. – voltei-me imediatamente para ele e falei:

-Cariño, oh que raio que tu disseste, estamos em Portugal por isso fala português, diz-se carinho e já recebi elogios mais bonitos que isso mas não de um homem deste calibre. – sorri e olhei-o olhos nos olhos. Depois fiquei séria e falei:

-Quem te disse que é do teu nome o Q?

-Na tua camisola está o número com que jogo no Benfica. Segundo está aí o meu nome bem explícito Garay, estamos em Portugal e o meu nome é argentino, logo não é difícil de adivinhar que sou eu… -Levantou-se e olhou-me olhos nos olhos, respondi:

-O Q é de Que, a minha alcunha porque me chamo Raquel…E tens razão esse Garay na camisola é do teu nome. –sorri virei costas e fui embora. As minhas 3 amigas já me esperavam, tinha combinado ir passear ao Colombo com elas como notei a Rita um pouco triste, como já sei que ela em baixo precisa de espaço não a convidei, disse-lhe apenas que ia com a Bárbara e a Telma. Fizemos-nos ao caminho e passeamos durante um bocado. Assim que decidimos ir embora, recebo a chamada da Rita que ia jantar com um amigo e com um amigo do amigo e queria a minha companhia, aceitei claro. Apanhei a Rita no carro que por sua vez não era o carro dela.

O condutor era totalmente surpresa para mim... Era pois, nem mais nem menos que Nicolás Gaitán! Pensei realmente esta miúda consegue tudo o que quer, poderosa! Não lhe perguntei nada, preferia deixar as minhas dúvidas que eram mais de 100 e apenas seguir viagem. Eles falaram durante a viagem e eu fiquei apenas calada ouvindo tudo parecia o Artur naqueles jogos cuja equipa adversária nada ataca: era mera espectadora. E chegamos a um local onde estava nem mais nem menos que “aquele” amigo do Gaitán…

Qual será o “aquele” amigo de Gaitán?
Qual será a relação dele com a Que? Como corre o jantar?

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