sábado, 24 de novembro de 2012

Capítulo 8: "A conversa": Part I "

Ainda o beijo mal tinha começado quando por ironia (infeliz ou feliz) aparece o Garay, e separa o meus lábios e os do João, senti um sabor agridoce, por um lado era bom para entender o que ele sentia por mim, não através de palavras mas de ações, de saber que mexia com ele, de fazer diferença na sua vida, por outro lado era mau, porque ele era um pouco autoritário e nem a minha mãe se impedia de fazer fosse aquilo que fosse, eu fazia aquilo que a minha cabeça e coração mandassem, sou um pouco rebelde digamos e ele impediu-me de fazer aquilo que eu queria que era nem por segundos tirá-lo da minha cabeça beijando outro rapaz. Eu olho para ele com cara de poucos amigos e ele olha-me na mesma, eu senti o meu coração a palpitar mas escondo isso ao máximo, era a primeira vez que o olhava olhos nos olhos depois da minha despedida, não me querendo gabar, bastante original. Reagi com palavras furiosas para esconder o que realmente sentia:

-Ouve lá quem é que tu pensas que és para fazer isto?- olhava-o olhos nos olhos tentando parecer furiosa.-ele simplesmente sorri e responde:

-Sou o Ezequiel Garay não sei se sabes mas somos namorados...-ele sorria simplesmente. Comecei a gargalhar e depois continuei

-Nem a minha mãe me impede de fazer aquilo que quero, logo não és tu que me impedes!-abracei o João mas desta vez foi ele que separou os nossos corpos e falou:

-Tu tinhas-me dito que não namoravas.-tinha os homens que passaram pela minha vida nas últimas 24 horas a olharem-me como se me tivessem a pedir esclarecimentos.

-E não namoro!-sorri-Ele é que não deve ter entendido a mensagem.-olhei para o Garay e abri os olhos como forma de lhe colocar respeito.

-A maneira como te despediste não foi a mais óbvia!-sorriu-Preciso que mo digas diretamente porque colocares no espelho foi bom enquanto durou mas acabou não é a melhor, lamento cariño.-esta última palavra que disse foi em espanhol, a palavra com que ele carinhosamente me tratava e a forma como o dizia deixava-me sem reação.

-Já te disse que cariño é o que raio que te parta!-espetei-lhe uma chapada na cara mas sem muita força para não aleijar.-Se queres que o diga então eu repito claramente: O nosso namoro acabou!-olhei-o e dei um beijo rápido nos lábios do João. Mas este separa logo os nossos corpos e os nossos lábios e diz:

-Eu não sou o outro! E não estou para ficar aqui a aturar-vos quando é claro que vocês tem muito que falar e claramente que amam-se!-virou costas e foi-se embora, eu nem consegui reagir, e olhei para o Ezequiel á espera de alguma palavra ou reação dele mas claro que ele palavras não as teve mas teve a atitude que eu não esperava, mas sim que eu desejava no meu subconsciente. Puxa-me contra o seu corpo e beija-me, eu agarro-me a ele e num instante estavamos a namorar, claro que entre beijos, eu consigo travá-lo e digo:

-Já não sou tua namorada.-ele estava de olhos fechados mas enquanto digo esta última palavra, ele abre os olhos e olha-me, depois responde:

-Eu sei.-beijou-me-Eu não sou o teu namorado mas gosto ainda mais dos teus beijos assim.- Eu sorriu e esclareco o sucedido porque lhe digo-lhe vi a mnha marca na sua testa, sim escrito com o meu batom vermelho: "Cheiras a Sexo", pego num lenço de papel e limpo mas decido deixar uma marca minha nele, coloco bastante batom vermelho e beijo-o por toda a cara e um beijo valente nos lábios. Ele senta-se no chão e eu coloco-me no seu colo mas de frente para ele, num instante já estava sem camisola e eu agarrava-o nos ombros com força para demonstrar o meu desejo dele e de sentir ainda mais aquela atração.
Eu levanto-me e tento fugir dali, eu sinceramente não sei o que sentia por ele e não sabia o porquê de algumas atitudes para com ele: tinha acabado a nossa relação, tinha-o tratado mal, tinha-me despedido de forma invulgar e sem dar justificações mas ele vinha atrás de mim e impedia-me de desistir dele, de nós, mas ele teimoso como sempre, segue-me.
Começo a correr praia fora e ele vem atrás de mim, pega-me ao colo e depois começa a correr até ao parque de estacionamento, eu ainda tento fazer com que ele me coloque no chão mas foi missão impossível, o seu perfume, o seu toque, o seu abraço, tudo aquilo me impedia de ter forças e argumentos de lutar contra ele. Num instante chegamos lá e ele coloca-se no lugar do condutor e eu deveria colocar-me no lugar do seu lado mas claro que não é isso que faço, vou para os lugares de trás e ele vem para junto de mim, não foi preciso palavras porque mal ele chega eu começo a beijá-lo e ele entende até onde eu queria ir mas não me deixou, interrompeu os nossos beijos, colocou um dedo sobre os meus lábios antes de o beijar outra vez. E ele quer ter "aquela conversa", sobre o que se passava, o que se passou, e o que se iria passar, eu não sabia o que lhe dizer, sobre o porquê de tudo. A sua primeira frase foi:

-Qeu precisamos de falar? -ele olhou-me olhos nos olhos e sentou-se direito no banco.

-Sobre?-encostei a minha cabeça ao seu peito e ele colocou a sua mão sobre a minha cintura.

-Sobre o que sentes, sobre o que sinto, sobre a nossa relação, os nossos momentos...Queres que continue?-eu desviei o meu olhar até á sua face de modo a olhá-lo olhos nos olhos, ele faz o mesmo.

-Pensava que preferias gestos.-beijei-o.

-Eu quero falar Qeu, eu preciso de falar.

-Vamos fazer a sua vontade menino Ezequiel mas depois já sabes o que quero.-pisquei-lhe o olho e beijei-o no canto do olho.

-Está bem, o que vale é que não te resisto-sorrimos cumplicente-Podes começar...

Como correrá a conversa entre Qeu & Garay?
Será que vão esclarecer tudo o que sentem? Será que vai correr bem ou ela fará novamente das suas?

2 comentários:

  1. tcheii será que vai correr bem?
    Quero mais!

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  2. A Qeu é um pouco imprevisível, nunca se sabe o que ela trama no futuro! E o Ezequiel adora-a e está disposto a lutar por ela...
    É por fãs como tu que continuamos a escrever! Obrigada pelo apoio.

    Rita & Qeu

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